sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Desertos: Fascínio e preocupação

Os desertos são regiões onde há pouquíssima chuva, umidade muito baixa e com poucas condições para que se tenha grande variedade de animais e plantas. A maioria dos desertos tem areia e rochas e a temperatura é bem alta durante o dia e bastante fria à noite, ou seja, são áreas de grande variação térmica.
Existem vários fatores para a formação de um deserto, como os tipos de correntes marítimas, massas de ar e a algumas particularidades do relevo. Para caracterizar uma área como deserta, especialistas usam um número chamado índice de aridez. Ele é o resultado da divisão entre o fluxo de chuva e a evapotranspiração, que é a quantidade de água perdida do solo por evaporação e pelas plantas por transpiração.
O tipo de vegetação é um bom sinal para comparar os diferentes tipos de deserto, mas não é a única maneira. Em todo o planeta, há desertos brancos, frios, com formas diferentes de erosão e acumulação de areias ou rochas.
Alguns têm oásis naturais e artificiais, que são pequenos paraísos com água e vegetação mais abundante que na região ao seu redor. Geralmente, os artificiais são criados a partir de uma análise da região e planejados para aproveitar o lençol de água subterrâneo próximo.
Oásis no deserto do Atacama, no Chile
A ONU (Organização das Nações Unidas) lançou em agosto a Década das Nações Unidas para os Desertos e Luta Contra a Desertificação, um projeto que vai estimular debates e eventos entre 2010 e 2020 em todo o mundo sobre o cuidado que se deve ter em relação às áreas secas do planeta. O anúncio da década foi feito durante a ICID 2010 (Segunda Conferência Internacional: Sustentabilidade e Desenvolvimento em Regiões Semiáridas) que aconteceu em Fortaleza, no Ceará.
O documento tem como meta apresentar em 2012, durante o encontro Rio+20 – atualização da reunião Eco-92 –, projetos concretos de políticas públicas em conjunto que realmente combatam os problemas enfrentados por populações de todo o mundo que moram em áreas secas.
A desertificação – fruto do desmatamento e do uso inadequado do solo – tem impacto, segundo a ONU, em mais de 1 bilhão de pessoas, que vivem em mais de cem países, onde as terras improdutivas ameaçam a oferta de alimentos e a distribuição de água.
Hervé Théry, geógrafo e professor convidado na USP (Universidade de São Paulo), diz que muitas regiões do mundo estão sujeitas a degradações.
- Muito se fala que os países mais pobres correm mais riscos de desertificação. Isso é verdade, mas os ricos não estão livres dos problemas.
Além da África, a Ásia tem grandes áreas que podem passar por desertificação. Entre os impactos citados por Théry, aos quais as populações estão expostas, constam a redução na capacidade de armazenamento de água e da fertilidade do solo e a perda da biodiversidade animal e vegetal.
Fonte: R7

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