Para resfriá-los, são usados 128 toneladas de hélio líquido. Por dentro dos ímãs, estendem-se dois tubos de vácuo. Em um dos tubos, um próton correrá em sentido horário. No outro tubo, um próton virá em sentido anti-horário. Acelerados a 99,99% da velocidade da luz, eles cruzarão um pelo outro 30 milhões de vezes por segundo.
Ao colidirem, 4 trilhões de elétron-volts de energia irão esmagá-los, libertando as partículas subatômicas. O objetivo da construção do complexo franco-suíço, que custou US$ 10 bilhões e é administrado pelo Cern (Organização Européia de Pesquisa Nuclear) é revolucionar a forma de se enxergar o Universo.
Embora improvável, existe a possibilidade teórica de que a experiência produza um miniburaco negro. Mas não será amanhã, quando os cientistas apenas farão um conjunto de prótons percorrer um túnel de 27 quilômetros de extensão, revestido por ímãs, construído no subsolo da região de Genebra (a estrutura passa sob a fronteira com a França e depois volta para o território suíço, a mais de cem metros de profundidade). O teste servirá para assegurar que o acelerador está, de fato, funcionando.
A primeira colisão ainda pode levar alguns meses. Quando o equipamento estiver funcionando, cerca de 200 milhões de resultados de choques entre prótons serão armazenados e analisados com a ajuda de uma rede global de computadores de alta velocidade, que inclui, também, cientistas brasileiros. Três milhões de DVDs de dados anuais deverão ser obtidos nessas colisões.
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