O resultado das negociações climáticas da Conferência das Partes da Convenção das Mudanças Climáticas (COP-15), em Copenhague, foi classificado pelos ambientalistas do mundo inteiro como “maquiagem verde”, “completo fracasso”, “crime”.
O "Acordo de Copenhague", declaração final do encontro que havia sido elaborada por 30 países, entre eles Estados Unidos, China, Brasil, Índia e África do Sul, cristalizou o fracasso de duas semanas de negociações diplomáticas. O único documento de relevância negociado na capital dinamarquesa foi rejeitado por pelo menos 5 delegações, o que levou a presidência da COP a listar quais países apoiam o acordo.
Em termos práticos, a decisão da plenária da conferência acabou por diminuir ainda mais o peso do acordo que foi costurado principalmente pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, com apoio de seus pares no Brasil, China e Índia. Antes mesmo do final oficial da COP-15, a maioria dos participantes já considerava o resultado um tremendo fracasso, pois o único acordo proposto não possui qualquer indicação de metas de redução de gases de efeito estufa.
Os países ricos se comprometeram a doar US$ 30 bilhões, nos próximos três anos, para um fundo de luta contra o aquecimento global. O acordo prevê US$ 100 bilhões por ano, em 2020. Esses US$ 10 bilhões por ano que será colocado no fundo até 2012, é menos do que o Brasil vai gastar para atingir sua meta voluntária de reduzir em até 39% das emissões de gases, até 2020.
A cúpula que reuniu líderes de mais de 120 países, acabou sem um documento que tenha peso para continuar o processo deflagrado pelo Protocolo de Kyoto. Para a maioria dos grupos e organizações não governamentais, faltou “vontade política” e “ambição” para os chefes de Estado e de governo presentes, em especial, dos países desenvolvidos. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, tentou conter as frustrações, alegando que, apesar de “talvez não ser tudo o que se esperava”, o Acordo de Copenhague é uma “etapa essencial” para um futuro pacto. Ele ressaltou, que o acordo precisa ser transformado em um tratado com valor legal no próximo ano.
Sem um acordo definitivo para combater a mudança do clima, serão necessárias novas negociações em 2010 para que uma nova estratégia global possa ser discutida buscando chegar a um acordo obrigatório com valor legal até a COP-16, no México. A próxima reunião sobre a mudança do clima será realizada no fim de 2010, no México, mas antes disso haverá uma reunião preparatória na Alemanha.
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